sexta-feira, 25 de julho de 2008

Arte Contemporânea no Deserto da Califórnia

Considerada ícone do modernismo, a Casa Kaufmann, vale-se de vidro, pedra e aço, em desenho em ares de pavilão. Projetada por Richad Neutra, famoso arquiteto austríaco que ajudou a definir o estilo moderno nos Estados Unidos, ela está situada em Palm Springs, no deserto da califórnia.
Encomendada a Neutra pelo magnata Edgar J. Kaufmann, de Pittsburgh, a casa ficou vaga após a morte dele, em 1955, teve vários donos e resistiu a algumas reformas. Em 1992, foi comprada por US$ 1,5 milhão pelo administrador de investimentos Brent Harris e pela historiadora de arquitetura Beth Edwards Harris, que agora estão se divorciando. O imóvel estava à venda havia mais de três anos e, segundo eles, corria o risco de ser demolido ou completamente modificado, pois na região em que está situada casas no estilo espanhol dominam o cenário.
Mas quanto, afinal, vale essa obra de arte contemporânea? US$ 16,84 milhões! Esse foi o preço pago por um comprador anônimo. Perfeita em seu entorno árido e montanhoso foi uma das mais fotografadas casas do século XX.

Agora, espera- se que o novo proprietário faça jus a esta obra de arte.

quinta-feira, 3 de julho de 2008

Tom libanês, alto e agudo em Londres

Mika nasceu em Beirute, no Líbano e vive atualmente como cantor pop em Lodres.Durante cinco anos tentou em vão entrar no mercado da música. Com um estilo muito diferente e arrojado, diferente de tudo o que hoje em dia se vende, Mika foi, por várias vezes, rejeitado pelas gravadoras. Essa relação não tão boa com as editoras inspirou-o ao escrever a letra de "Grace Kelly", o seu primeiro vídeo divulgação, onde ele critica a editora britânica à qual estava ligado, pelo facto desta, segundo ele, o querer a todo o custo moldar para um estilo mais comercial.

O seu primeiro álbum e, em particular, o seu single Grace Kelly tem sido um sucesso. Há críticos que consideram a sua voz semelhante à de Freddie Mercury.



Devido à grande variedade de influências musicais que recebeu em toda a sua vida, Mika, tem hoje um reportório que se pode definir como uma mistura de todas essas influências. Desde Prince e Metallica, à música clássica que conhecera na ópera, passando pelos traços islâmicos trazidos do Médio oriente, em Mika reconhece-se toda esta variedade musical. No entanto o que mais encanta das características de Mika é a sua voz que se diz semelhante à de Freddie Mercury mas onde também se notam bastante bem imensas influências de Michael Jackson, principalmente em temas mais pausados como Any Other World, Happy Ending e Erase.


quarta-feira, 2 de julho de 2008

Angelina

A pouco menos de um mês conheci uma mina, Angelina, amiga dos meus amigos, inclusive do meu namorado. Garota bonita, charmosa e que sabia fazer a felicidade da galera. No começo fiquei com um pouco de ciúme, mas depois que a conheci fiquei tranqüila. Ela não era má pessoa afinal.

Saímos juntas algumas vezes, mas nunca conseguimos conversar de fato. Até que noite passada (ahhh, noite passada), ela apareceu de novo. Os garotos a idolatram, elogios e mais elogios, ela estava mesmo graciosa. Com umas roupa estilo cigana, muitos panos coloridos e um perfume sem igual.

Como sempre, o circulo foi aberto e o papo começou. Eu, como de costume, fiquei na minha, só ouvindo. No começo escutei meus nome ser mencionado por ela algumas vezes, mas nada de importante, logo o assunto mudava.

Num certo momento ela parou e olhou diretamente pra mim. Seu sorriso estava estonteante e uma áurea a envolvia.

Me senti fraca de repente. Em um momento eu estava em pé, conversando numa boa; depois fechei os olhos e me senti como se estivesse andando, meio que indo pra um lado, apoiada nas costas do meu namorado. Sentei, comecei a falar muitas coisas sem sentido. Por um momento não lembrava como tinha ido parar alí e achei ter vindo dançando, me debatendo, como louca mesmo e que todos estavam olhando pra mim por isso.

Os meninos não paravam de rir e gritar "Caramba, nunca tinha visto uma coisa dessas!" e isso me deixou bastante assustada. Já estava morrendo de vergonha, tinha certeza que algumas lágrima eu ia derramar. Mas aí abri os olhos e tudo parecia ter voltado ao normal até que fui tentar contar o que tinha sentido. Não conseguia, não saía nada, eu simplesmente não conseguia terminar uma frase sequer, esquecia o que estava falando. Percebi, depois de muito encher o saco que, na verdade, eu não fechava os olhos, eles estavam abertos sempre, era só uma piscada demorada. Mas parecia um eternidade!

Eu disse à Angelina que ela devia ser psicóloga, ela tem um dom. Ela começa nos contando uma história sem sentido algum e, além de fazer com que a gente a acompanhe, parecendo ser o personagem principal, ainda nos faz falar o que realmente estamos sentido, nos faz mostrar o que realmente somos.

O vento estava muito forte naquela noite, estava sendo empurrada constantemente pra esquerda, precisava por muita força pra me manter na mesma posição, tanto que minhas pernas e meus braços estavam extremamente cansados.

Todos, incluside Angelina, pareceram meio deprimidos no final da festa e resolvemos ir embora.

quarta-feira, 28 de maio de 2008

Puro Luxo

Qual mulher não gostaria de tomar café-da-manhã em frente as vitrines da Tiffany's? Ou quem não gostaria de levar algo da própria para casa? Não há quem resista a uma vitrine de jóias, quanto mais da ostentosa Tiffany's.

Breakfast at Tiffany's (1961), cujo título em português é Bonequinha de Luxo, é um romance urbano de pura sofisticação. Foi baseado em um livro, de mesmo título, de Truman Capote, mas alguns fatos foram omitidos no filme, como a suposta bixessualidade de Holly, na intenção de tornar a personagem mais adequada para Audrey Hepburn.

A princípio, Breakfast at Tiffany's seria dirigido pelo novaiorquino John Frankenheimer e estrelado por Marilyn Monroe. Após a substituição de Marilyn pela, não menos glamurosa, Audrey Hepburn, a atriz declarou que jamais havia ouvido falar de Frankenheimer e fez pressão para que outro diretor fosse contratado em seu lugar. E foi exatamente o que aconteceu! Além disso, a querida bonequinha luxuosa recebeu um salário de US$ 750 mil por sua atuação, o que a tornou o 2º maior salário pago até então a uma atriz. O 1º era o de Elizabeth Taylor em Cleópatra, de US$ 1 milhão. Percebem o poder?

Foi apenas indicado ao Oscar nas categorias de Melhor Atriz (Audrey Hepburn), prêmio que, na minha maneira, foi o mais digno de lástima, já que a atuação de Audrey foi encantadora; Melhor Roteiro Adaptado e Melhor Direção de Arte - Colorido. Entretanto, ganhou 2 Oscars: de Melhor Trilha Sonora - Comédia/Drama e Melhor Canção Original, Moon River, canção escrita especialmente para a atriz, considerando que, na época, ela não possuía treinamento para canto. E, ainda, conquistou o Grammy de Melhor Trilha Sonora - Cinema/TV.

Bonequinha de Luxo é sem dúvida, um filme imperdível que representa, muito bem, uma época em que o amor e a inocência faziam parte do cenário.

E uma curiosidade: a Tiffany's abriu em um domingo, para que as filmagens dentro da loja pudessem ser realizadas, uma notável acontecimento, já que a loja não abria no tão esperado "dia do descanso" desde o século XIX.

Alguns links relacionados:
Audrey Hepburn contando Moon River br.youtube.com/watch?v=_aU02NIFdQM
Site da Tiffany's www.tiffany.com

terça-feira, 8 de abril de 2008

A magia da arte japonesa

Quem nunca ouviu falar de Takashi Murakami? Bom, até semana passada eu também não.
Murakami, sem dúvida, é um prolífico artista contemporâneo japonês. Com suas obras com cores fortes e evidente a diversão, ele é considerado um dos mais completos de sua geração e um forte influente da cultura pop no mundo. Suas obras vão desde vídeos até escultura e enorme telas.

Algumas de suas obras encontram-se, no Museu do Brooklyn, em Nova York e com uma novidade, pela primeira vez uma das alas de uma exposição, no museu do Brooklyn, é uma loja de uma grife mundialmente famosa, Louis Vuitton. Lá estão sendo vendidas bolsas e carteiras com design exclusivos desenvolvidos por Takashi Murakami. As bolsas chegam a custar quase oito mil reais! Elas seguem a mesma linha de valorização das telas do artista, avaliadas em mais de três milhões de reais.

Alguma dúvida de que ele, realmente, tem talento?

O berço da arte de Takashi Murakami é o Japão. É do oriente que veio a inspiração para as heroínas cibernéticas, meio máquina, meio mulher.

Viajando pela arte underground, cultuada pela juventude japonesa, Murakami escolheu o plástico para esculpir bonecas com seios enormes e curvas generosas. Já em telas elaboradas, dá vida ao personagem Dob espécie de Mickey Mouse oriental.

Dob aparece na maioria dos desenhos de Murakami. Aos 46 anos, ele é um dos artistas mais influentes da Ásia e é considerado um dos mais completos de sua geração.

As obras que passeiam pelos vídeos, esculturas e grandes telas já rodaram o mundo. Foram incorporando elementos ocidentais, numa mistura de tradição e modernidade, passado e presente.

As cores fortes fazem referência aos alimentos saudáveis da culinária japonesa, como o cogumelo. Uma lembrança ao formato da bomba atômica. Dono de um estilo próprio e colorido, com telas que sugerem a terceira dimensão, Murakami deixa sua marca e vai se tornando uma forte referência da cultura pop no mundo.

Noventa obras contam a trajetória de Murakami no museu do Brooklyn, em Nova York. Pela primeira vez uma das alas de uma exposição, no museu do Brooklyn, é uma loja de uma grife mundialmente famosa. É lá estão sendo vendidas bolsas e carteiras com design exclusivos desenvolvidos por Takashi Murakami.

As bolsas chegam a custar quase oito mil reais. Elas seguem a mesma linha de valorização das telas do artista, avaliadas em mais de três milhões de reais. E para quem acha a grife de moda pode soar comercial demais, Murakami diz: "As mulheres gostam e isso é arte também".


sexta-feira, 25 de janeiro de 2008

Un milagro Angostura

Algumas bebidas, alcoólicas ou não, têm formulas tão secretas que ninguém as conhece por inteiro, somente partes. Juntá-las na hora certa deve ser uma operação quase militar. A Angostura, uma bebida amarga, aromática e aparentemente inofensiva que entra no preparo de coquetéis clássicos e em várias receitas de cozinha é uma dessas. Embora um bitter, não é daqueles convencionais para se tomar em copos longos com gelo e soda. Ao contrário, seu uso é limitado a algumas gotas para adicionar aroma e sabor em drinks, frutos do mar, saladas de frutas, sobremesas e pâtisserie em geral. O que faz a Angostura tão importante para merecer tanto cuidado é o fato de ser um produto sem similar e elaborado com fórmula secreta em um único lugar.

Quanto à sua composição, o rótulo menciona vagamente ser "uma preparação aromática de água, álcool, genciana e extratos vegetais inofensivos para dar sabor e cor ao produto", ou seja, não esclarece nada. Todo bar que se preze, em qualquer parte do mundo, deve ter pelo menos uma garrafinha dessas em estoque. Parecida com as de molho inglês, elas vêm embrulhadas em papel branco impresso em letras pretas miúdas com diversas sugestões para seu uso, que incluem além das óbvias na preparação de drinks, servir também para a cura da flatulência. Longe de ser brincadeira, essa referência medicinal, entre outras, vem da origem da sua criação em 1824 na Venezuela pelo médico alemão Dr. Johann Gottlieb Benjamim Siegert e mantida por razões históricas.

Nessa época o Dr. Siegert era o cirurgião responsável pelo hospital militar do General Simon Bolívar. Lá, os valentes soldados se queixavam muito de cólicas estomacais. Após quatro anos de experiências, o médico desenvolveu um tônico mágico, um fermentado de ervas e raízes tropicais, cascas, água e álcool que pareceu resolver o problema. Ele o chamou de Amargo Aromático Angostura em homenagem à cidade de Angostura, hoje Ciudad Bolívar. Siegert morreu em 1870, mas não antes de partilhar a fórmula secreta com seus filhos. Devido ao clima político instável no país, os irmãos se transferiram para Port-of-Spain em Trinidad, onde a fábrica permanece até hoje. Depois de várias mudanças no controle acionário, porém sempre com a participação dos descendentes diretos do velho cirurgião militar, a empresa tornou-se publica em 1981.

Embora permitindo tours guiados, os visitantes que percorrem as bem guardadas instalações da fábrica somente têm acesso ao laboratório, à sala de troféus, parte da destilaria e seção de engarrafamento. O laboratório é o local em que as ervas, raízes e especiarias são maceradas com álcool. Praticamente todos os ingredientes vêm de lugar ignorado pelos funcionários e quando chegam são identificados por códigos. Depois da maceração, a solução é destilada, misturada com açúcar e colocada em tanques de aço inoxidável para maturar por tempo não revelado. No final, a mistura é colocada em outro conjunto de tanques, diluída com água, engarrafada, rotulada e despachada para todas as partes do mundo. O final do tour é a sala de degustação, onde os visitantes são convidados a provar seus produtos. Durante a prova, na sala intensamente perfumada pela Angostura e com toda aquela atmosfera de mistério que cercou a visita, provavelmente as pessoas devem achar que é melhor mesmo que certos segredos fiquem mantidos para sempre.


Minha casa me guarda como um abraço


É preciso fritar o arroz bastante
antes de colocar água fervendo.
E não pode mexer jamais depois de a água ser posta.
O alho deve fritar junto com o arroz.


Coisas que eu sei e que não. Eu sei muitas coisas.
Faxina, por exemplo. Sei limpar uma casa de tal modo
que não sobra um canto que não
tenha sido tocado por minhas mãos.

Depois vou sujando. Com muito gosto.
Deixo peças na sala e louças na pia.

Não na mesma hora, mas um pouco bastante depois
volto limpando. Assim me faço.
Nos abjetos que me acompanham.


Gosto de andar nas ruas e comprar coisas
que vão se arrumando em torno de mim.
Eu tenho muitas coisas,
quero dizer, tenho muitas camadas.

Uma camada de livro, outra de sapatos.
Tem a camada de plantas. A toalhas de rostos.
Tenho camadas de cosméticos e adereços.

Uma camada de nomes e coisas que vejo.
Tudo ordenado ao meu redor. Em forma de corpo.
Um corpo que me sustenta
quando o meu próprio me falta.


Cadeiras são meus ossos.
Sapatos são meus braços.
Torneiras são meus poros.
Paredes como roupas de inverno.
(Quando toca música em minha casa sai do umbigo.)


Descanso recostada nas paredes da casa
que me guardam como um abraço.

Me abraço quando e derramo na sala.
E na cozinha. Em geral adormeço no quarto.


Tudo em minha casa tem existência.
Todas as coisas significo. Com os olhos.
Ou com as mãos. Minha casa tem silêncios
que às vezes ouço. Em meu corpo

tem silêncios maiores ainda.
Que as vezes ouço. E faço poemas.
Faço poemas dos silêncios que ouço.


Ando com manias de lustra-móveis e ceras líquidas.
Olho um por um nas prateleiras. Sinto a textura e o cheiro.
Espalhando um pouco entre os dedos. Prefiro os de textura fina

e que cheiram a jasmim (gosto mais do aroma floral mas a palavra jasmim é tão bonita).
Levo todos pra casa e vou espalhando. Primeiro o assoalho.
Considero todos os cantos. Depois os móveis
com as mãos vou tateando. Um por um.

Em reverência.
Ao que me sustenta em des
amparo.

As casas me sustentam em mim. Por isso as quero em detalhes.
Bem cuidadas e cheias de espaço onde novas coisas se deitam.
Costumo encontrar tesouros escondi
dos na dobras das colchas.
E nas louças sujas da pia. Tenho muitas janelas.
Que é por onde o sol e a chuva me visitam.
O vento aqui é muito forte.

Às vezes derruba tudo e eu gosto.
Mas aqui também cabem pessoas.
Tem sempre lugar pra pessoas em mim.


Viviane Mosé

quarta-feira, 23 de janeiro de 2008

Filosofia de Vida e Arte

"A vida imita a arte, que imita a vida, que imita a arte,
e por isso as duas coisas acabam sendo uma só, como todos sabem."

[Um beijo de Colombina, de Adriana Lisboa, página 59]

sexta-feira, 18 de janeiro de 2008

Incoerência

Lá em São Paulo eles tinham esse grupo, Mário de Andrade, Trasila do Amaral, Pagu, Anita Malfatti, Oswald de Andrade. Anita, dizem, acabou apaixonada por Mário, e Mário acabou apelidado de Miss Macunaíma por Oswald, entre outras rixas mais, e Oswald, que preferiu o angu de Pagu, acabou enxotado pela mulher, Tarsila, e Tarsila, que despertara uma paixão em Mário, acabou odiada por Anita, que nunca mais conseguiu pintar nada que prestasse depois que Monteiro Lobato acabou com ela numa crítica.
Isso me fez lembrar o Quadrilha, de Drummond. Ou talvez a Quadrilha. É, a! Um ambiente em que não tem final de contos de fadas para ninguém, em que estão todos insaciados e desafortunados, eles
sim são uma quadrilha. Assoladores de faculdades afectivas.

João amava Teresa que amava Raimundo
que amava Maria que amava Joaquim que amava Lili
que não amava ninguém.
João foi para os Estados Unidos, Teresa para o convento,
Raimundo morreu de desastre, Maria ficou para tia,
Joaquim suicidou-se e Lili casou com J.Pinto Fernandes
que não tinha entrado na história.

É fado do ser humano estar sempre insatisfeito com tudo, sempre nada é suficiente para ter motivo de extravasar sua infelicidade. Uma segunda-feira chuvosa, um arroz queimado, o que for. Realmente, não sabemos, aliás, muitos não sabem o que realmente é a infelicidade. Isso pode soar bastante cliché ou mesmo como uma hipocrisia. E é! Mas quem não é hipócrita ou usa estereótipos de vez em quando para passar uma mensagem elegante que atire a primeira pedra. De outro modo, primeiro a análise era sobre os amores ilícitos da sociedade paulista da década de 20, depois as insatisfações e impertinências do amor e, agora, o feijão queimado. É melhor não continuar, amanhã é dia de acordar cedo. Boa noite.
Ou quem não usa desculpas incoerentes em certas ocasiões?


quarta-feira, 9 de janeiro de 2008

One Evening

Com um vocal doce e suave, com seus vídeos clips de cores super vivas e, particularmente, divertidos, a cantora canadense Leslie Feist, encanta a todos que a escutam.
Feist, já foi colega de quarto da Peaches, já morou na França, já fez trilha sonora de perfume, já recebeu uma oferta pelos direitos autorais da mesma canção de um milhão de dólares da McDonald's e já recusou toda essa riqueza de primeira, como toda boa menina. Do punk ao pop fofinho, Feist passou pelo pop eletrônico e pelo indie rock até definir seu som em discos solos.


Feist nasceu à 13 de janeiro de 1976 em Amherst, Nova Scotia. Iniciou-se na música aos 15 anos com a fundação de uma banda punk. Sim, aquela mocinha de voz, aparentemente, delicada era a vocalista. Mas os gritos punk não lhe fizeram bem, após a primeira turnê da banda Placebo (não, não é aquela famosa banda inglesa) que fez pelo Canadá quando tinha 19 anos, a cantora teve que mudar-se para Toronto para cuidar da voz. Os especialistas chegaram a alertá-la de que, talvez, ela não conseguisse mais voltar a cantar. Mas, depois deste diagnóstico, Feist não esmoreceu e nem tentou cometer suicídio. Começou a passar horas e horas dentro do porão, após comprar uma guitarra, fazendo composições para espantar a tristeza e se recuperar dos danos causados à voz. Depois de um tempo, voltou como guitarrista de algumas bandas, até centrar-se na carreira solo.